quinta-feira, 8 de outubro de 2009

... e aquela , a nossa música , é como uma adaga , cortando a alma , sangrando o corpo , fazendo verter os poros um choro salgado , queimando o trapiche dos meus braços onde ancoraste teu seio por muito , muito tempo , tempo e amor , que cansa e fere a pele do peito onde repousou a cabeça confusa e encaracolada de Julieta , Calíope , Maria Safira , e tantas outros personagens que ele criara pra Ela. Hoje , só hoje , ele dorme . E acorda com a certeza de que seus sonhos nunca foram tão cruéis consigo."




dO Cancioneiro Do Cínico Cavalheiro , de Paulo.

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