sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Inepto poeta cachorro

A tríade regente da miserável vida
canina
Pessoas insignificantes e dissimuladas perduram no meu percurso
frio e agudo
Asco e repulsa
A brancura das peles me é causticante
me transmite qualquer tipo de arrogância e soberba , mas fascina
E é para mim demasiado doloroso
Depender de seres totalmente insensíveis
Mas são as cores que me interessam
Especificamente : Preto , branco e cinza.
Branco , para o ódio
Preto para o amor
O cinza pára os dias.
E as nuances fazem a verdade
Olhos , vistas , verdes , castanhos , negros
Veem o simulacro exposto da criação
O vermelho predomina no chão
Poeira , calor , sangue , camisas , pedras e perdas.
O cinismo na tela , ao contrário do que pensam , me atinge
Na tela , na pele , no pelo , na carne.
E , ao final , grande escuridão.
Cada dia vale por 10
Cada amanhecer é um convite ao suicídio
Triste , como um tango.
Àspero , como uma lambida de inimigo.
Cortante , como um abraço falso.

3 comentários:

  1. As vezes eu tenho medo do que tu escreve. Fascinante!

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  2. "Cortante, como um abraço falso".. boa!
    Olhei uns textos anteriores, gostei.. deles também.

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  3. O meu é sinceramente sincero.Como só é aquele de quem ama. E eu amo você! Você sabe?

    ps: Cortantes para mim são seus textos!

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