quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ária Do Amor Amargo

Eu, de menino malino
Virado num homem ligeiro
Criado mediante um erro
Girado na ginga do vento
Velado no som desalento
Somado com Sol de desterro
Do corpo frio, Desapego
Das partes ladinas, o cortejo
Com puro cansaço, do ensejo
Com minh'alma em branco retalho
O meu peito soluçado
Minha fala cadenciada
O meu verso lagrimado
Como lança transpassada
No coração salafrário
A dor não condiz sapiência
Só prevalece a valência
De quem chora o amor
Na lonjura mais cortante
Doravante a dor lateja
Causticante, mas com frieza
Tal qual pedra de atiradeira
Saudade é bala certeira
Lavrando a carne de canseira
Da paixão à moça faceira
Então, os cortes são o de menos
Quando repouso a pesada cabeça
Nos Lírios dos seios tenros
Da Mulher maltratadeira

2 comentários:

  1. Tudo que é amargo, faz bem...em alguns casos, cura até cura ressaca. hahaha. Belo texto, menino. Muito massa!!!!! Beijosssss. E até de repente por ae. ;)

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